O estado de Minas Gerais vem enfrentando um sério desafio de saúde pública neste ano, com o registro de mais de 248,5 milhões de casos prováveis de dengue até o mês de abril. Essa estatística representa um aumento significativo em comparação ao mesmo período do ano anterior, revelando uma situação preocupante. De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, a dengue não é a única arbovirose em ascensão, visto que os casos prováveis de Chikungunya atingiram 52,6 milhões, enquanto o Zika teve 206 notificações no mesmo período.
Diante do aumento alarmante no número de casos de arboviroses, o Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional com o objetivo de combater a dengue, zika e chikungunya. Intitulada “Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya”, essa mobilização tem como propósito conscientizar a população sobre os sinais, sintomas e formas de prevenção dessas doenças, bem como enfatizar o controle do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão.
A campanha foi lançada em diversos canais de comunicação, como televisão aberta, internet, carros de algumas e áreas de grande circulação de pessoas em todo o país. Seu objetivo é complementar às medidas já adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das arboviroses, além de garantir um atendimento adequado à população. Para fortalecer essas ações, o Ministério estabeleceu o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) em março deste ano, visando um monitoramento mais eficaz do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado.
Até o momento, a equipe do COE já realizou visitas de campo em oito estados, incluindo Minas Gerais, com o objetivo de auxiliar nas estratégias locais de combate às doenças. Além disso, o Ministério da Saúde distribui larvicidas e kits laboratoriais para diagnóstico da dengue, buscando intensificar o enfrentamento dessas enfermidades.
Embora tenha sido investido mais de R$84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes, como o fumacê, houve atrasos no fornecimento devido a problemas na gestão anterior. Contudo, a espera é de que a situação seja normalizada em breve, com o envio de cerca de 275 mil litros do produto neste mês.
Além das ações do governo, é fundamental que a população esteja ciente dos sintomas e das medidas preventivas. Os sintomas da dengue, chikungunya e zika são semelhantes e incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça, erupções cutâneas, náuseas e vômitos. É essencial que as pessoas busquem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sinais.
É necessário conscientizar a população sobre a importância de manter quintais e jardins limpos, garantir o correto armazenamento de água em tonéis e caixas d’água, utilizando sempre tampas adequadas. O uso de repelentes e o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo também são medidas recomendadas, especialmente em áreas de alta incidência dessas doenças.
No caso da dengue, chikungunya e Zika, a prevenção também se estende ao cuidado com os mosquitos transmissores. É necessário manter telas nas janelas, utilizar mosquiteiros em camas e berços, e aplicar inseticidas adequados, seguindo as orientações dos órgãos de saúde.
É importante ressaltar que a responsabilidade pela prevenção e controle das arboviroses não é apenas do governo, mas de todos os cidadãos. Cada indivíduo deve se conscientizar sobre a importância de sua participação ativa nesse combate, adotando medidas preventivas em sua casa, local de trabalho e comunidade.
Gostou do nosso material? Se inscreva em nossas redes sociais para receber novas atualizações!
Fonte: Ministério da Saúde
Crédito imagem: Freepik.com